terça-feira, 6 de janeiro de 2009

BIOGRAFIA SOBRE MAYSA MATARAZZO (1936-1977)

A vida de Maysa Matarazzo nos mostra o quanto os jovens naquela época já lutava para conquistar o seu espaço o que é triste ver que mesmo sendo o sucesso da época ela tenha se entregado ao alcoolismo e depressão e pondo por fim a uma carreira brilhante...

Mesmo assim deixou uma historia marcante para que possamos conhecer e admirar.

Deixem seus comentarios sobre o que vcs acham!

Beijos Jully Leal .


Quem se debruçar sobre a coleção de jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo naquele ano de 1958 vai chegar a uma assombrosa constatação: entre 1° de janeiro e 31 de dezembro não houve um único dia --e isso, acredite-se, não é força de expressão-- em que Maysa não tenha sido notícia em pelo menos um órgão da imprensa carioca ou paulista. Quando não estava sendo incensada nas páginas de crítica musical ou torpedeada nas colunas de fofocas, a onipresente Maysa rendia assunto quente até para o noticiário político. Diante da enorme popularidade que desfrutava, surgiram rumores de que ela havia sido sondada pelo diretório do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), no Rio, sobre uma possível candidatura a deputada federal. A idéia teria partido de ninguém menos do que João Goulart, o Jango, vice do presidente Juscelino Kubitscheck. Enquanto isso, em São Paulo, informações de bastidores davam conta de que o prefeito Adhemar de Barros havia convidado a cantora para disputar uma cadeira de vereadora, pelo Partido Social Progressista (PSP), na Câmara Municipal paulistana. "Jango e Adhemar convidaram Maysa Matarazzo", trombeteou o Última Hora. Ao ler aquilo, Maysa tratou de convocar uma entrevista coletiva para desmontar a central de boatos: "Não serei candidata nem sou mais Matarazzo", esbravejou.
Separada, Maysa buscava encontrar a felicidade. Mas, ao contrário, enfrentou crises seguidas de depressão, que resultaram em pelo menos dois graves problemas simultâneos e, de certa forma, complementares: passou a comer avidamente e a beber de forma desregrada. Voltou a engordar horrores e a dar pequenos e grandes vexames em público, trocando o dia pela noite. Nos programas de tevê, exigia que só a filmassem do pescoço para cima. Mudou todo o guarda-roupa e só se apresentava com roupa preta, o que além de disfarçar a gordura acentuava a aura dark de sua imagem. "Comecei a viver à noite e, durante o dia, vegetava dentro de casa", revelaria Maysa, ao recordar aquele tempo em que chegou a passar novamente dos 90 quilos. "Só saía de dia para ir à praia nos desertos da Barra da Tijuca: era a única forma de pôr um maiô, pois não havia ninguém por lá. Comprei um terreno, construí uma casa e alimentava ali a minha solidão e a minha falta de perspectivas. Quando era preciso cumprir algum compromisso, bastava aliviar a tensão com alguns drinques".
Os telespectadores logo começaram a perceber que havia algo errado com Maysa. Muitas vezes ela chegou a cambalear diante das câmeras, durante a apresentação de seus programas. Os objetos do cenário --um poste aqui, uma coluna grega acolá-- passaram a funcionar como providenciais pontos de apoio, nos quais ela se segurava para não cair em pleno palco. As duas doses de antes, "pra dar coragem", estavam sendo substituídas agora por litros de vodca e uísque. O rosto de Maysa igualmente denunciava que alguma coisa não ia realmente bem com a estrela. Os raros sorrisos, muitas vezes carregados de amarga ironia, agora acentuavam a característica curvatura que possuía o lábio superior, voltado ligeiramente para baixo, o que lhe atribuía um certo semblante de tristeza até quando ria. Mas o que poucos conseguiam entender era como podia ser possível que, quanto mais bebesse, melhor Maysa cantasse.
"Ela é uma coitada, uma infeliz, uma alcoólatra, uma gorda", censurou-lhe a revista Escândalo. Quando uma atormentada Maysa enfiou seu fusquinha verde na traseira de um caminhão em Copacabana, exatamente naquele final de 1958, a imprensa teve uma das manchetes mais escandalosas de todos os tempos sobre ela. E, dessa vez, Maysa não podia negar, esconder-se atrás de um desmentido. "Maysa, bêbada e ferida, foi atendida em pronto-socorro", noticiou a Folha da Noite. Disseram que era o fim. Previram sua retirada de cena. Falaram que o rosto ficaria deformado para sempre, com uma enorme cicatriz. Era uma vez a Cinderela às avessas. O que poucos podiam prever era que aquela seria apenas a primeira das muitas destruições e reconstruções que Maysa faria de sua vida-- e de si mesma.

2 comentários:

Glauco Pinto disse...

Ela realmente era uma mulher e tanto! Retada como dizemos aqui! HAHA

Muito bommm! :D

;*

Anônimo disse...

É Juh uma mulher que sabia o que queria da vida, sua profissão estava em primeiro lugar, sofreu por amor pois ela sempre amou o pai de seu filho, mas o nome Matarazzo era importante d+,tudo na vida tem um preço e ela infelizmente não soube segurar a onda, entregando-se ao álcool de maneira descompensada.